Skip to main content
Tag

Pro Tools

Fig01 | Encontramos nos estúdios, usamos ou ouvimos falar de uma infinidade de programas, em que se destaca o Pro Tools. Quais são os custos para montarmos um home studio com o Pro Tools, as alternativas e os recursos principais desses programas?

O Pro Tools, Suas Alternativas e os Home Studios

By Marketing

Encontramos nos estúdios, usamos ou ouvimos falar de uma infinidade de programas, em que se destaca o Pro Tools. Quais são os custos para montarmos um home studio com o Pro Tools, as alternativas e os recursos principais desses programas?

Hoje, um home studio nem é exatamente um espaço ou um equipamento. Podemos usar até mesmo um celular ou um site para produzir. Então, a viabilidade reside na disposição do produtor para estudar, conhecer e dominar o uso da tecnologia disponível. Conhecer os conceitos pode ser melhor do que simplesmente dominar um programa, porque permite que o usuário se atualize, ficando em dia com todas as novidades que vão surgindo.

O Pro Tools é uma ?estação de trabalho? com software e hardware próprios, que existe em três níveis: Pro Tools HD (para o mercado corporativo, com dezenas de processadores, controladores, plugins e periféricos, custo médio de R$$50,000.00), Pro Tools LE (para home studios avançados e médios, custo entre R$2.000,00 e R$5.000,00) e Pro Tools M-Powered (para home studios em geral, custando cerca de R$1.000,00 e só rodando em placas de som M-Audio, do mesmo fabricante).

A versão atual é a 8.0.3 (este post foi escrito em 17/12/2009). O Pro Tools 8 deu um salto de qualidade em relação às versões anteriores, tornando-se muito mais musical. É a primeira versão com editor de partituras, e vem logo com o Sibelius e mais um editor MIDI muito completo, intuitivo e funcional.

Os concorrentes tradicionais têm as mesmas funções do Pro Tools: gravador de áudio multipista, sequenciador MIDI, mesa de mixagem, efeitos e instrumentos virtuais, automação e compatibilidade com plugins. São eles: Cubase, Nuendo, Sonar, Logic, Live, Digital Performer. A diferença é que rodam em placas de som de inúmeros fabricantes. O custo é equivalente ao do Pro Tools M-Powered. A escolha, hoje, é mais uma questão de gosto.

No mercado brasileiro, inúmeros produtores usam versões encontradas na internet, principalmente versões atuais do Sonar, do Cubase/Nuendo, do Live e do Logic e versões antigas do Pro Tools. Também funcionam. Neste caso, o investimento é limitado ao computador (Windows ou Mac), placa de som, microfones, monitores e controlador MIDI. Muitos também investem em mesa ou preamplificadores. E alguns investem em acústica, o item mais caro.

O investimento em software no Brasil esbarra em limites como: altíssimo preço, dificuldade/impossibilidade de encontrar plugins à venda nas lojas, suporte deficiente. Algumas marcas têm dado sinais de querer melhorar a situação, o que não seria mais do que a obrigação num mercado tão musical quanto o nosso.

O custo de um home studio varia: a partir de uns quatro ou cinco mil reais (ou menos, se você já tem o computador) até o incalculável. Afinal, até os bilionários têm direito a ter seu home studio, não?

  • Artigo gentilmente cedido por SERGIO IZECKSOHN
  • Para ler este e outros artigos na fonte original acesse: http://homestudio.com.br/blog/

Música e computadores, revoluções por minuto

By Marketing

Nossos estúdios se tornaram totalmente dependentes dos computadores. Pode-se dizer que, agora, o computador é o estúdio. Mas o uso dessas máquinas para a produção de música vem de muito tempo. As etapas desta revolução vieram se sucedendo num ritmo vertiginoso, especialmente nos últimos trinta anos.

Música e computador não quer dizer, necessariamente, música eletrônica. O computador é o estúdio de gravação, é o instrumento musical de todo tipo de música. É a partitura e o caderno de música. É a sala de música de cada um de nossos ouvintes e também é a nossa própria emissora de rádio e TV. A internet aposentou as nossas coleções de CDs.

fig1

 A música e o computador estão associados na gravação e na edição do áudio, na criação e na produção de música, com o sequenciador MIDI, e nos instrumentos musicais virtuais e eletrônicos de modo geral. Música e PCs se encontram ainda nas mesas digitais, na automação de instrumentos musicais e equipamentos de áudio e, claro, na música eletrônica, alguns gêneros musicais que dependem da criação ou realização artística através do computador.

Atari ST com MIDI onboard
Atari ST com MIDI onboard

Desde o século XIX, quando se começou a pensar numa máquina de analisar, já se vinha tentando fazer barulho com ela. Na verdade, instrumentos musicais automáticos (mecânicos), como o órgão hidráulico que usava água para regular a pressão do ar, datam de antes de Cristo. Depois, vieram as caixinhas de música, o realejo e as pianolas automáticas com piano-roll, que era um rolo de papel perfurado parecido com as telas dos sequenciadores MIDI de hoje, só que movidas a corda. A ideia de pôr as máquinas para tocar sozinhas é quase tão antiga quanto a própria música.

Através de todo o século XX, durante o desenvolvimento dos computadores, houve muitas iniciativas para se produzir música através dessas estranhas (naquela época, estranhíssimas) máquinas. Em 1958, Max Mathews, da Bell Labs, desenvolveu o MUSIC4, primeiro programa comercial de síntese de sons. Daí para a frente, foram aparecendo programas para sequenciar melodias e escrever partituras.

A ideia de pôr as máquinas para tocar sozinhas é quase tão antiga quanto a própria música.

Os sintetizadores foram evoluindo lado a lado com os computadores. Uns e outros eram monstrengos enormes montados por nerds pioneiros. Nos anos 60, surge o Moog, primeiro sintetizador realmente comercial, do tamanho de um pequeno guarda-roupa de duas portas. Na década de 1970, brilha o sintetizador portátil Minimoog e, no final, os sintetizadores polifônicos e as baterias eletrônicas.

MIDI, um divisor de águas. Esta súbita fama dos teclados eletrônicos e o advento dos microcomputadores pessoais, como o Apple II, em 1978, levaram ao grande salto nesta história. Com a tecnologia digital alcançando os sintetizadores, surge em 1983 a Musical Instrument Digital Interface, ou simplesmente MIDI.

Piano-roll
Piano-roll

A partir daí, todos os sintetizadores, samplers, baterias e outros instrumentos eletrônicos de todas as marcas passaram a se comunicar, entre si e com os computadores, integrando um eficiente sistema de produção, que podia ser comercial ou caseiro.

Nos anos 1980, computadores como o Apple II e o Commodore 64 já usavam placas MIDI e programas sequenciadores. O áudio era todo gravado em fitas analógicas, mas os instrumentos MIDI entravam na mixagem tocados ao vivo pelo sequenciador.

Com o sequenciador MIDI e o sampler, com suas novas técnicas de loops e amostragem digital dos sons, desenvolveu-se a música techno e suas ramificações, mais europeias e asiáticas, e a nova música negra norte-americana, como o rap, o hip-hop e o próprio rhythm and blues, que se renovou ali.

A música de cinema e a criação de trilhas sonoras para TV e publicidade se aproveitaram da sincronização entre som e imagem, também muito facilitada pelos programas que usam MIDI. Programar as baterias e outros instrumentos sequenciando samplers se tornou uma prática natural no trabalho dos arranjadores de todos os gêneros.

Editar as partituras no computador foi outra prática que surgiu nos anos 80, um ponto final na tradicional profissão de copista, substituído depois pelas impressoras a jato de tinta. Nessa época, aparece o “CD-ROM” com os recursos de multimídia.

Com o MIDI e o sampler, desenvolvem-se o techno, o rap, o hip-hop e o próprio rhythm and blues, que se renovou ali.

No meio da década de 1980 chegam novos computadores, como Apple Macintosh, Atari ST e Commodore Amiga, que já usam janelas e mouse, viabilizando programas que já continham toda a essência dos recursos que usamos hoje. Nascem as primeiras versões do Cubase, do Finale, do Logic e do Pro Tools. Logo adiante, os IBM-PC e seus clones receberiam as primeiras versões do Cakewalk, ainda rodando em MS-DOS, sem janelas.

Enfim, o áudio. Esses programas eram editores de partituras ou sequenciadores MIDI para a produção de arranjos com teclados e racks eletrônicos. A gravação de áudio multipista (com vários canais simultâneos) em disco rígido através dos programas de computador só começou a ser levada a sério pelo mercado na virada para os anos 1990.

Os pioneiros foram o computador Macintosh e o programa Pro Tools, depois seguido por Logic e Cubase. No início, o sistema funcionava com pouquíssimos recursos e canais de áudio. O primeiro álbum gravado em computador só foi lançado em 1997. A produção de gravadores de fita analógica de rolo se encerrou em 1999.

Músicas sequenciadas em piano-roll
Músicas sequenciadas em piano-roll

Nos PCs, a gravação de áudio se popularizou a partir do Windows 95, com a migração do Cubase, do Logic e do Pro Tools e a transmutação do sequenciador MIDI Cakewalk Professional for Windows no gravador de som multipista Cakewalk Pro Audio, hoje chamado Sonar.

Nesta fase, os programas permitiam gravar várias pistas de áudio, mas os discos rígidos e os processadores não tinham velocidade suficiente para trabalhar com muitas pistas e plug-ins ao mesmo tempo. Era comum a mixagem dessas pistas ser feita fora do computador, na mesa de som, com os efeitos e os instrumentos MIDI em racks. O sinal entrava e saía por muitos canais através de interfaces de áudio.

Plug-ins para processar o áudio. No final da década de 1990, os plug-ins de efeitos sonoros encontraram computadores com velocidade suficiente para rodar uma boa quantidade deles ao mesmo tempo. Foi a senha para a popularização das mixagens virtuais. Dezenas de canais de áudio podem ser mixados com ótimos efeitos, compressores, equalizadores paramétricos, auto-afinação de vozes, redutores de ruídos, modeladores de imagem estéreo ou surround.

Internet. Outro surto, e de todos o mais literalmente revolucionário, que ocorreu no período foi o advento do áudio “líquido”, representado pelos arquivos de áudio comprimidos, como o MP3, o WMA e o OGG. A prática de baixar arquivos musicais da internet passou a ser uma das atividades mais comuns (e polêmicas) da rede. A consequência de tanta avidez por música, aliada à inabilidade da indústria em lidar com mudanças tão profundas, fez gerar uma nova e poderosa ferramenta tecnológica: o P2P (peer to peer), ou o ato de trocar arquivos na internet.

Sem conseguir vencê-lo na justiça, a indústria comprou o Napster e o destruiu. Mas as pessoas aprenderam a trocar músicas.

Um minuto do arquivo WAV em “qualidade CD” ocupa cerca de 10MB. Naquele tempo, banda larga era uma novidade ou uma promessa. O MP3, muito menor, tornou a internet musical de um instante para o outro. E foi proibido!

Essa troca de arquivos musicais virou prática diária de muita gente, hábito demonizado por uma campanha de mídia nunca vista, promovida pela indústria fonográfica, que dava sinais de exaustão. De repente, todo mundo virou “pirata”.

Moog
Moog

No vácuo deixado pela indústria fonográfica, surge o Napster, criado por um rapaz de 19 anos, e o mundo aprende a trocar músicas. Às gravadoras, só restou chamar a polícia.

Em 2000, enquanto as novas empresas eletrônicas da bolsa Nasdaq foram falindo em série como dominó no famoso estouro da “bolha” da internet, o Napster, respeitando a cultura de gratuidade da comunidade internauta, cresceu até aterrorizar a grande indústria fonográfica. Estraçalhado por ações judiciais de gravadoras e artistas como Madonna e a banda Metallica, foi vendido para a Roxio e praticamente destruído ao virar um serviço pago.

Depois, milhões e milhões de usuários se espalharam por centenas de ferramentas sucessoras, como o Audiogalaxy, o Kazaa, o Emule ou o RapidShare. Todo mundo passou a baixar música. E as gravadoras, ainda tentando inibir a prática em vez de torná-la lucrativa, nunca mais se encontraram com o mercado. Não ia dar mesmo para prender todas as pessoas.

Fig8Só muito depois, a Apple conseguiu passar a vender música online para um nicho do mercado através da loja iTunes. Isto foi à custa de muita negociação com artistas e empresas e aproveitando o formidável bloqueio norte-americano aos sites de compartilhamento, além de um enorme esforço de marketing. Mas, para a maioria, o hábito de pagar pela música online já não fazia mais sentido. O timing fora perdido, talvez para sempre.

Hoje, ouvimos a música diretamente da internet, sem necessidade de armazenar arquivos em nossas máquinas. Cantarole uma melodia em seu celular e, em instantes, ele estará tocando o MP3 com a versão original da canção, diretamente de algum lugar da rede. Vários aplicativos fazem isso.

Instrumentos virtuais. Com o novo milênio, as expressões artísticas eletrônicas, especialmente os loops percussivos e os timbres sampleados, contagiaram quase todos os gêneros de música.

Podemos produzir com um tablet, mas um desktop é muito mais poderoso.

A primeira década do novo século vê uma explosão de estilos, DJs e produtores de música eletrônica realizando eventos com milhares de pessoas.

Fig7_Outubro de 2000

Agora, samplers, sintetizadores e baterias também tinham se tornado programas de computador. Em pouco tempo, os racks e teclados foram sumindo dos estúdios que, no entanto, passaram a contar com muito mais instrumentos, sonoridades e recursos.

As bibliotecas de sons para samplers se tornaram muito populares. Surgem novas técnicas de edição de áudio, como o áudio elástico e os corretores de afinação Auto Tune e Melodyne. E os computadores se tornaram portáteis, com suas placas de áudio e MIDI com conectores FireWire ou USB para os notebooks.

Atari ST com MIDI onboard
Atari ST com MIDI onboard

Uma penca de penduricalhos como os HDs externos, a interface de som, um controlador, um microfone, um par de monitores e outro de fones, mais alguns cabos, as fontes de energia, o mouse e uma chave USB (iLock) para ativar o programa (Pro Tools, Cubase e outros), pode se chamar um sistema portátil?

Os tablets como o iPad são a sensação do momento, como os smartphones. É claro que podemos produzir com eles, como, aliás, também já se produziu muito em fita cassete. Os computadores de mesa continuam a ser mais baratos, poderosos e rápidos, mantendo toda a sua versatilidade. Só não são decorativos ou portáteis.

Hoje. A nova década encontra o ambiente mais estável. Em 2012, os programas estão mais amadurecidos e os computadores, mais duráveis. Com as CPUs de múltiplos núcleos, como o Core i7 e o Core i5 da Intel, o processamento de efeitos e instrumentos se tornou mais seguro e eficiente no Mac e no Windows. A tendência de sistemas abertos, com peças e software de diversos fabricantes, veio para ficar.

Instrumentos virtuais
Instrumentos virtuais

A sonoridade da maioria das gravações melhorou muito. As músicas, nem tanto. As pessoas estão mais informadas. Infelizmente, ainda não é tudo. A fronteira atual é a da educação, do conhecimento. Teremos uma nova revolução no campo do ensino à distância? Ou isso vai robotizar ainda mais as mentes das pessoas? A história anda para a frente. E compartilhar informação já tem sido um grande passo.

Com tantos recursos para a produção musical à disposição de todos e tanta informação artística e técnica circulando como nunca, os criadores ainda estão devendo ao público uma nova música com mais densidade.

  • Artigo gentilmente cedido por SERGIO IZECKSOHN
  • Para ler este e outros artigos na fonte original acesse: http://homestudio.com.br/blog/
Slate Digital Virtual Tape Machines | VST, TDM, RTAS, ASIO, AU, AAX, DXi, WDM, WASAPI…Todo mundo que lida com áudio no computador já se deparou com a sopa de letrinhas. Mas, afinal, o que significam estas siglas e o que nós fazemos com elas?

Plug-ins e drivers de áudio: entenda as siglas e as tecnologias

By Marketing

VST, TDM, RTAS, ASIO, AU, AAX, DXi, WDM, WASAPI…Todo mundo que lida com áudio no computador já se deparou com a sopa de letrinhas. Mas, afinal, o que significam estas siglas e o que nós fazemos com elas?

Muito mais importante do que a maioria dos usuários imagina, a escolha correta dentre as diversas tecnologias disponíveis pode fazer toda a diferença. A diferença entre um sistema de gravação que funciona e outro que não funciona, ou que funciona mal.

Vamos conhecer aqui um pouco sobre os tipos de controladores ou drivers de áudio do mercado e também as principais tecnologias de plug-ins com efeitos de áudio e instrumentos virtuais.

Drivers de áudio

Os controladores ou drivers são componentes de software que traduzem as linguagens do computador e de uma interface de áudio ou placa de som. Todo o trânsito do som entrando e saindo do computador é administrado pelo driver, que também interfere em seu processamento. De acordo com o computador, com a interface e com o programa escolhidos, devemos adotar um determinado driver.

Os drivers são fornecidos com as placas de som. Podemos usar mais de um tipo de driver, mas, eventualmente, eles podem entrar em conflito e até paralisar o computador. É comum o fabricante incluir vários tipos de drivers com um mesmo produto e o usuário deve escolher o(s) tipo(s) adequado(s) ao seu caso.

Além da funcionalidade e da compatibilidade com programas e plug-ins, um critério decisivo na escolha do driver é a latência, ou o atraso percebido entre um comando e a sua execução. Por exemplo, se tocamos um instrumento virtual e as notas soam um pouquinho atrasadas, estamos com uma latência perceptível. E alguns drivers têm menos latência que outros.

Vamos a eles:

ASIO-Logo

ASIO (Mac, PC), ou Audio Stream Input and Output, é provavelmente o controlador de audio multicanal mais popular nos estúdios. Disponibiliza entradas e saídas simultâneas em múltiplos canais e, tipicamente, permite trabalhar em baixa latência. Foi desenvolvido pela Steinberg para seus programas Cubase e Nuendo, mas foi adotado por concorrentes como o Live e o Sonar.

É uma tecnologia mais adequada às situações de gravação ou reprodução multicanal do que aquelas tradicionalmente oferecidas pelo Windows ou Mac/OS, mais voltadas para aplicações estéreo de multimídia. As placas de áudio com suporte para ASIO permitem um rendimento muito melhor das aplicações multipista, com melhor sincronismo entre as pistas de áudio e melhor compatibilidade entre vários dispositivos.

Principalmente, o ASIO funciona como o coração dos plug-ins VST, o que garante a sua popularidade.

ASIO4ALL (PC), ou “ASIO para todos”, é um driver ASIO genérico de baixa latência e independente de hardware para dispositivos de áudio WDM. Alguns fabricantes de áudio anulam a garantia quando seus produtos são usados com este driver. ASIO4ALL é gratuito para o usuário final.

macosx_audiovideo_coreaudio_20090915
Core Audio
 (Mac) é a conexão do Mac OS X entre os programas e os dispositivos de entrada e saída. Com a latência em torno de 1 ms e suporte a multicanais, a Apple pretende que ele seja o driver de áudio padrão para todos os programas de áudio do Macintosh, para que os desenvolvedores não tenham que estabelecer seus próprios protocolos de áudio e MIDI.

DAE (Mac, PC). Diferentemente de muitos outros controladores de áudio, este é exclusivo para as interfaces da Digidesign. Ao mesmo tempo um driver multicanal e um aplicativo de áudio, o DAE roda lado a lado com um programa compatível como ProTools, Logic ou Digital Performer. Com o DAE, podemos rodar plug-ins RTAS e/ou TDM sem precisar de outro programa.

Direct I/O (Mac,PC). De modo semelhante ao DAE, o Direct I/O era usado para a comunicação com as interfaces da Digidesign. Só que ele não é um aplicativo, mas simplesmente um driver de áudio multicanal.

WASAPI (PC), ou Windows Audio Session API, foi implementado a partir do Windows Vista. API, de Application Programming Interface (ou Interface de Programação de Aplicativos) é um conjunto de rotinas e padrões estabelecidos por um software para a utilização das suas funcionalidades por aplicativos que não pretendem envolver-se em detalhes da implementação do software, mas apenas usar seus serviços.

Cada fluxo ou stream de áudio é um membro de uma sessão de áudio. Através da sessão de captação, um cliente WASAPI pode identificar um fluxo de áudio como um membro de um grupo de sequências de áudio relacionadas. O sistema pode gerenciar todos os fluxos na sessão como uma única unidade. Cada fluxo de áudio é um membro de uma sessão de áudio. Através da sessão de captação, um cliente WASAPI pode identificar um fluxo de áudio como um membro de um grupo de sequências de áudio relacionadas. O sistema pode gerenciar todos os fluxos na sessão como uma única unidade.

O mecanismo de áudio é o componente de áudio do modo de usuário através do qual os aplicativos compartilham o acesso a um dispositivo de áudio. O mecanismo de áudio transporta os dados de áudio entre um buffer, que é uma memória intermediária, e um dispositivo, como uma placa de som. Para reproduzir um fluxo de áudio por meio de um dispositivo de processamento, um aplicativo periodicamente grava dados de áudio em um buffer de processamento. O mecanismo de áudio mistura os fluxos dos diversos programas. Para gravar um fluxo de áudio a partir de um dispositivo de captura, o programa lê periodicamente dados de áudio de um buffer

WDM/KS (PC), iniciais de Windows Driver Model/Kernel streaming, foi desenvolvido pela Microsoft no final dos anos 1990. Assim como o ASIO, é um tipo de controlador de áudio multicanal. Os usuários de placas onboard no PC (ou SoundBlaster) com este driver poderão usar plug-ins de efeitos DirectX e instrumentos DXi, inclusive em tempo real, com latência relativamente baixa. Isto permite monitorar e gravar efeitos ao vivo durante a gravação de vozes e instrumentos.

Plug-ins de efeitos e instrumentos

Um plug-in é um software que adiciona funcionalidade a um outro programa maior. Pode ser da mesma marca ou até de um concorrente. Como um acessório, uma vez instalado, passa a fazer parte do menu de funções do programa que o acolhe. Existem plug-ins para artes gráficas, navegação na internet, áudio e outros. Na área da produção musical temos duas categorias: efeitos sonoros (eco, equalizador, compressor, redutor de ruídos) e instrumentos virtuais (baterias, samplers e sintetizadores). Eles podem funcionar “ao vivo” ou na edição do áudio.

De acordo com os programas e computadores que usamos, temos diversas tecnologias:

PTHDX_Oview_ProToolsHDAAXPlugin

AAX (Avid Audio eXtension) (Mac, PC) é o novo formato avançado de plug-ins da Avid, oferecendo, segundo a empresa, melhores fluxos de trabalho e paridade de som quando partilhando sessões entre DSP-acelerados e nativos com base em sistemas Pro Tools. É compatível com 64 bits.

O formato vem em dois sabores:

AAX DSP – compatível apenas com o Pro Tools HDX (o sistema TDM não é compatível com o Pro Tools HDX)

AAX Native – compatível com qualquer sistema rodando o software Pro Tools / Pro Tools HD 10

A Avid anunciou que todos os seus plug-ins estão sendo transferidos para o AAX – muitos já estão disponíveis e muitos plug-ins de áudio de terceiros também estão disponíveis em formatos AAX.

Estes plug-ins TDM não são compatíveis com AAX:

• Dolby Surround Tools

• Line6 Amp Farm

• Line6 Eco Farm

• plug-ins TDM da TC Electronic

Versões AAX de plug-ins da Avid vêm incluídas com o Pro Tools 10 e Pro Tools HD 10. Para plug-ins TDM que ainda não foram transferidos para o AAX, podem-se usar as versões RTAS com o Pro Tools | HDX neste ínterim.

Havia três tipos de plug-ins do Pro Tools: AudioSuite, RTAS e TDM (este exclusivamente para sistemas Pro Tools HD). Com o Pro Tools 10, vemos um novo formato de  plug-in: AAX.

Em versões anteriores do Pro Tools HD, você poderia optar por inserir plugins TDM ou RTAS em uma trilha. Muitos plugins tinham as duas versões, TDM e RTAS (embora a versão TDM fosse, geralmente, um pouco mais cara).

A principal diferença entre os dois é que os plug-ins TDM rodam nas placas aceleradoras que são parte do sistema HD. Essas placas possuem chips que multiplicam o poder de processamento do computador e podem ser usadas para lidar com processamento de plugins TDM e o próprio Pro Tools. Plugins RTAS usam o processador nativo do seu computador (CPU). O computador sozinho pode não suportar processar ao mesmo tempo o áudio, os plug-ins de efeitos, executar instrumentos virtuais etc.

RTAS e TDM agora estão se tornando formatos ultrapassados – ainda com suporte, mas por quanto tempo?

untitled

DirectX (PC). O formato de plug-ins DirectX (ou DX) de áudio é um subconjunto da tecnologia DirectX desenvolvida pela Microsoft para aplicações de multimídia no Windows. Os efeitos podem ser aplicados em tempo real ou durante a edição do áudio.

brand

DXi (PC), que significa “DirectX instrument”, é a tecnologia DirectX aplicada a plug-ins que representam instrumentos musicais, como um sampler ou um sintetizador, que podem ser anexados a um programa sequenciador/gravador como o Cubase ou o Sonar para serem tocados e sequenciados como os teclados “de verdade”.

macosx_audiovideo_audiounits_20090915

Audio Units (Mac). Formato de plug-ins de efeitos e de instrumentos do Mac OS X. Assim como no caso do Core Áudio, a Apple deseja tornar o formato Audio Units um padrão para o Macintosh. Entretanto, alguns fabricantes relutam em adotá-lo e preferem desenvolver os seus próprios formatos.

rtas_black-logo

RTAS (Mac, PC). Real-Time AudioSuite é um formato de plug-in da Avid usado no Pro Tools. Diferentemente do TDM (abaixo), o plug-in RTAS opera dependendo do poder de processamento da CPU, não de processadores extras. Está sendo substituído pelo formato AAX.

TDM (Mac, PC) ou Time Division Multiplexing é a tecnologia que permite que o áudio do ProTools HD seja processado através dos processadores DSP adicionados ao computador através de placas de expansão PCI-E. Os plug-ins TDM, ao contrário dos demais, são processados por esses chips DSP, e não pela CPU, o que alivia o processamento do áudio e torna o ProTools HD mais robusto que os concorrentes. Plug-ins TDM só rodam no Pro Tools HD e, por isso, costuma ser mais caros. Estão sendo substituídos pelo formato AAX.

940x360_VST-Instruments_01

VST e VSTi (Mac, PC). Virtual Studio Technology (tecnologia do estúdio virtual) é a expressão criada pela Steinberg para descrever seu formato de plug-ins de efeitos e instrumentos. VST se refere aos efeitos e VSTi, aos instrumentos. Existe uma grande quantidade desses plug-ins e eles são aceitos, além dos programas da Steinberg (Cubase e Nuendo), por concorrentes como SONAR, FL Studio, Sony Acid, Reaper e Ableton Live, os estúdios virtuais.

Uma estação de trabalho ou estúdio virtual com suporte a VST costuma ter uma pasta chamada “vst” ou “vstplugins”. O endereço desta pasta é confirmado na instalação de todo estúdio virtual. O programa verifica essa pasta e todos os plug-ins que estiverem nela são automaticamente reconhecidos e estão disponíveis para uso.

Se usarmos mais de um estúdio virtual, basta indicar, na instalação de cada um deles, a pasta “vst” original onde todos os plug-ins já estão instalados. Assim, se você, por exemplo, já tinha o Cakewalk SONAR e depois instalou o Ableton Live, basta, na instalação, indicar para o Live a pasta que está dentro do diretório do SONAR, por exemplo, em <C:\Program Files\Cakewalk\Vstplugins>.

Cada novo plug-in VST instalado nessa pasta estará disponível para todas as estações de trabalho, bastando repetir a verificação de plug-ins. Esta pode ser automática, realizada a cada reinício do software, ou executada manualmente, após a instalação do novo plug-in. Esta última prática evita o desperdício de tempo na abertura do programa, todos os dias, quando seriam verificados os mesmos plug-ins. A grande popularidade da tecnologia VST se deve ao fato da Steinberg, a empresa criadora, disponibilizar gratuitamente as ferramentas de programação para qualquer desenvolvedor e autorizar qualquer outra empresa a lançar novos estúdios virtuais compatíveis com o VST.

A FXpansion Audio produz um conversor VST para RTAS que permite o uso de plug-ins desenvolvidos em ambiente Steinberg dentro do Pro Tools, expandindo as capacidades de processamento da estação de trabalho. A FXpansion afirmou que um conversor RTAS para VST não pode acontecer “por razões técnicas e legais”.

Conclusões

Assim, se você tem uma placa de som para estúdio e usa Windows, na maioria dos programas o driver mais recomendado é o ASIO e os plug-ins, VST/VSTi. Isto se aplica aos programas Cubase, Nuendo, WaveLab, SONAR, Ableton Live, Sound Forge, Fruity Loops, Reaper, Acid e muitos outros.

Se ainda não tiver a placa de som, o jeito é arriscar o driver ASIO4ALL para poder usar os plug-ins VST/VSTi. Senão, use os plug-ins DirectX e DXi com driver WASAPI ou WDM e torça para não ter muita latência no áudio.

Se você usa o Logic no seu Mac, as coisas são mais simples e é só usar plug-ins da tecnologia AU. Até a interface de áudio onboard está em condições de trabalho e as outras interfaces costumam ser instaladas sem dificuldades.

Se o seu programa é o Pro Tools ou o Pro Tools HD, fique atento à transição das tecnologias RTAS e TDM para a moderna AAX.

Atualize-se dentro das suas necessidades e faça boas escolhas!

  • Artigo gentilmente cedido por SERGIO IZECKSOHN
  • Para ler este e outros artigos na fonte original acesse: http://homestudio.com.br/blog/
Precisa de ajuda?